quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Obrigado por voar com a nossa companhia.

Ficamos procurando umas analogias baratas para transmitir as coisas de um modo popular, e eu nunca achei nenhuma. Até que eu reconheci que a vida era como um aeroporto. Sempre tem gente partindo e gente chegando. O que é a vida, senão um eterno aeroporto pessoal?
Se uma coisa eu aprendi nas poucas primaveras completas que tenho, é que a gente sempre dá adeus na nossa vida. Mesmo que o adeus chegue cedo para algumas e outras tentam adiar o momento o quanto possível, ele é inevitável.
O adeus virá num dia ensolarado, enquanto os pássaros cantam, enquanto a praia nos chama, enquanto o seu vizinho ganha uma promoção. Santa ironia. Ai que dor, ai que triste, e o mundo continua rodando. Por que será que o mundo não para quando a dor nos atinge?
E somos obrigados a continuar vivendo, sorrindo, amando e todos os outros andos, endos e indos. Parece cruel. E é. Ainda mais cruel por que num outro dia ensolarado e bonito, o qual não parece ter defeito, aqueles dias em que pessoas diferentes acenaram suas mãos num adeus voltam para te lembrar. A vida, baby, não te deixa esquecer. Dizem que quem deixa é o tempo. É mentira. Ninguém esquece do adeus. Uma hora você lembra, e por lembrar você morre de medo de perder quem está com você agora. O adeus pode ser uma certeza, mas os novos olás, as novas vidas esperando para serem descobertas, as experiências novas para serem compartilhadas, as novas almas, são certezas também. E tudo vai ser para sempre de novo. Mas mesmo que seja para sempre, acaba. Pois a eternidade é só um momento. Nada dura mais que uma eternidade, principalmente no nosso aeroporto. No seu, no meu, e em todos os aeroportos. Todos eles são bem movimentados, por você e pelos outros. Muitos chegam, muitos fogem, mas são todos salpicados de adeuses, goodbyes, adiós, au revoirs e auf wiedersehens.

Texto: Mariana S. Cardoso



sábado, 18 de dezembro de 2010

Running in circles, coming in tails

Cada um de nós está fixado nos olhos de alguém.
Presos para sempre, mesmo que só restem lembranças fantasmagóricas dos instantes eternos. Memórias. Memórias. Quantas vezes nos agarramos nas memórias? Elas são imutáveis e por isso são seguras. Congeladas de uma forma que se derretem quando revividas. Vida. Vida. Como viver preso? Andando em círculos, assombrados pelo constante começo.
Todos estamos fixados na alma de alguém.


Texto: Mariana S. Cardoso





segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Eternas

O que é o mundo senão um amontoado de corações? Tantas vidas intocadas, tantos sonhos despedaçados. Os sonhos que são jogados fora, os sonhos que não são sonhados. Para onde vão? E as feridas que nos consomem? Passam?
O que são pessoas senão um amontoado de sentimentos? Mil pensamentos, mil choros, mil risos. E os sonhos sonhados e não sonhados. E as feridas fechadas, e o coração aberto. São tantos traços, tantos cortes.
E a esperança para onde foi que ninguém viu? E a chama que mantinha todo o amor? Sumiu? Essa faísca que sustenta toda a fogueira continuará queimando?
O tempo cruel que passa sem piedade, nos sufoca, nos limita. E isso tudo onde fica? E o que resta disso tudo? E quando a gente cruza a linha? E depois ? 'Morrer será uma grande aventura' disse Peter. E antes? Não foi?
E a luz que ainda temos nos olhos? Bastará? E as vidas secas são ensacadas e jogadas ao vento, e as vidas brilhosas são eternas.
Eternas.


Texto: Mariana S. Cardoso

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Tirando as teias

Gente, eu to aqui rapidinho só para perdir desculpas pela minha ausência, e dizer também que vou atualizar em breve.

sábado, 24 de julho de 2010

Pense...

"Nossa vida é constituída de tempo. Nossos dias são medidos em horas, nosso conhecimento é medido por anos.
Agarramos alguns rápidos minutos em nosso dia atarefado para uma pausa para um café. Voltamos correndo para nossas escrivaninhas, vigiamos o relógio, vivemos de compromissos. E mesmo assim o tempo finalmente passa e você se pergunta no fundo do coração se esses segundos, minutos, horas, dias, semanas, meses, anos e décadas foram gastos da melhor forma possível."

Onde terminam os arco-íris - Cecelia Ahern


"Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido."

"Lutemos por um mundo novo... um mundo bom que a todos assegura o ensejo de trabalho, que dê futuro a juventude e segurança à velhice."

Ambas de Charles Chaplin no filme "O Grande Ditador"
.


... Mas não deixe de agir.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Dica da Semana #01


Eu estou começando um quadro/tag novo aqui no Sound. Toda semana eu vou indicar alguma coisa para vocês, seja isso um livro, filme, site, blog, lugar ou qualquer outra coisa. Como esse post é o primeiro desse novo quadro, eu vou indicar um livro e dois blogs:

"O CLUBE DO FILME" - David Gilmour


O "O Clube do Filme" é um livro que eu comprei esse mês e devorei em apenas um dia. Começa mostrando um David Gilmour (que é o próprio autor) sem emprego fixo, e seu filho Jesse, que tinha quinze anos, desinteressado pela escola. Então David, vendo a desmotivação do filho, fez uma proposta ao garoto: Se ele quisesse poderia sair da escola mas ele teria que ver, semanalmente, três filmes escolhidos pelo pai.
Eu amei o livro não só pelo fato dele apresentar críticas sinceras de film
es como 'Os Reis do Iê Iê Iê' (Um clássico dos Beatles), 'Sindicato de Ladrões', 'Assim Caminha a Humanidade' e 'Interlúdio', mas também por mostrar como crescer é complicado, e quantas dúvidas existem nessa fase da vida. Fala sobre coisas que estão envolvidas no meio adolescente, as inseguranças -presentes tanto em Jesse quanto em David-, a relação familiar.
David mostra que ver os filhos crescerem pode ser tão difícil quanto crescer é para eles. E é aí que entra uma das minhas frases favoritas do
livro:
"Lembro minha última entrevista com David Cronenberg, durante a qual comentei, com um pouco de melancolia, que educar filhos era uma sequência de despedidas, um adeus após o outro - às fraldas, aos agasalhos de neve, depois às próprias crianças. 'Eles passam a vida partindo', eu falei, e Cronenberg, que também tem filhos adultos, me interrompeu: 'Sim, mas será que eles realmente partem
?' "

Como o próprio autor disse, "[O Clube do Filme]
É um exemplo do que o cinema é capaz, de como os filmes podem vencer suas defesas e realmente atingir seu coração."

"
O Clube do Filme" está R$ 14,10 pelo Submarino

Indicação de Blogs:

- Babi Dewet: Na verdade é um site, mas isso não vem ao caso haha. Babi Dewet é o site que leva o nome da própria dona, e eu pessoalmente sou fã do trabalho da Babi. Ela conseguiu transformar a apaixonante fanfic "Sábado à Noite" em livro (clique aqui para ir direto para o site do livro). Enfim, o site é bem variado. Fala sobre livros, filmes, músicas...
O link está ali do lado na parte de "links" aqui do blog. Ou clique AQUI.

- Minta Para Mim: É o blog do Pedro. Sim, o mesmo Pedro que faz parte dos hilários "Sucrilhos Sem Leite" e "Te Pego Às 7" (Sendo que esse último terminou). Diferentemente desses dois blogs, o "Minta Para Mim" mostra o lado mais poético e sério de seu autor. Repleto de textos apaixonantes e com um conto surpreendente (o 2h13), o 'Minta Para Mim' é sem dúvida um dos meus blogs favoritos. Para acessar o blog clique AQUI.

É isso, gente. Até amanhã :)



quarta-feira, 21 de julho de 2010

"All the lonely people,

where do they all belong?"
("Todas as pessoas solitárias, de onde todas elas pertence
m?" - The Beatles)




Ele estava em lugar nenhum.
Olhos perdidos, mente confusa, coração taciturno.

Perdido no horizonte,
Confuso com as memórias,
Taciturno nos sentimentos.

Ele estava sentado na calçada.
Tênis surrado, cabelo secando, calça rasgada.

Surrado pelo caminho,
Seco pela dor,
Rasgado pelo amor.


Texto: Mariana S. Cardoso.
Foto by
gnato , editada por Mariana S. Cardoso.






segunda-feira, 19 de julho de 2010

Distante de tudo, perto do mundo


Não sei sobre o que eu vou escrever.
Eu quero mesmo é sair por ai. Quero largar isso tudo. Não que eu não seja grata por tudo isso, mas eu quero mudar.
Quero carimbar minha marca nesse mundo.
Não quero que seja tarde demais.
Não quero escolher, quero tudo, quero o universo inteiro.
Cansei de esperar acontecer, quero cair no mundo. Ou então eu quero voltar para infância. Não quero crescer mais. Essa fase é tão amarga e tão doce. É tudo e não é nada.
Cansei de ser contraditória, cansei de dizer adeus. Eu só quero viver em paz, só quero ser a rainha do meu mundo. Isso tudo é tão difícil. As vezes parece que eu sei o que eu quero, então passa dois segundos e eu já me pergunto o que eu quero ser.
Eu gosto e desgosto. Eu me amo e depois me odeio.
A cada volta que o ponteiro faz, eu sinto como se o tempo estivesse indo rápido demais, e logo reclamo da sua lentidão.
Apague a luz, acenda a luz.
Tudo corre muito rápido, sua esperança escorre por entre os dedos, o mundo lá fora está um caos, tudo é muito lento, nada muda para você, tudo é constante, tudo é inconstante.
Reclamam de tudo, aceitam tudo, cansam de tudo.
Eu leio e releio a vida e ainda não sei o porque disso tudo, eu vivo e morro no mesmo dia, mas eu sempre levanto de novo para essa jornada tão complicada, tão bruta e mesmo assim tão açucarada e delicada.

Texto: Mariana S. Cardoso



sábado, 17 de julho de 2010

Uma noite de amor e música

"- Sabe do que se trata tudo isso, Nick?
- Do que se trata tudo isso?
- Disso, Nick. É disso que se trata.
- Não.
- Os Beatles.
- O que têm os Beatles?
- Eles sacaram.

- Sacaram o quê?
- Tudo.
- Como assim?
Dev tira o braço e o coloca no meu, pele com pele, suor com suor, toque com toque.
Depois ele passa a mão na minha e entrelaça os dedos.
- Isto - diz ele. - É isto que os Beatles entendem.
- Acho que não estou acompanhando ...

- Nas outras bandas, é sobre sexo. Ou dor. Ou uma fantasia qualquer.Mas os Beatles, eles sabiam o que estavam fazendo. Sabe por que os 'Beatles ficaram tão importantes?
- Por quê?
- I Wanna Hold Your Hand. O primeiro single. É brilhante, por**. Talvez a música mais brilhante que já foi composta no mundo. Porque eles sacaram. É o que todo mund
o quer. Não sexo quente o dia todo, sete dias na semana. Nem um casamento que dure cem anos. Nem um Porsche, um boq**** ou um barraco de um milhão de dólares. Não. Eles querem segurar a sua mão. Eles têm um sentimento que não conseguem esconder. Cada canção de amor de sucesso dos últimos cinqüenta anos pode remeter a I Wanna Hold Your Hand. E cada história de amor de sucesso tem esses momentos insuportáveis e intoleráveis de mãos dadas. Acredite em mim.
Eu pensei muito nisso.
- I Wanna Hold Your Hand - repeti.

- Você já está segurando, meu amigo. Já está."

Diálogo entre os personagens Nick e Dev no livro "Nick e Norah - Uma noite de amor e música"


"E quando eu te toco me sinto feliz por dentro. É um sentimento tão forte que, meu amor, eu não consigo esconder. Você tem aquela coisa especial, acho que você vai entender. Quando sinto aquela coisa especial, eu quero segurar a sua mão." I Wanna Hold Your Hand - The Beatles







sexta-feira, 16 de julho de 2010

I was a fool

Foi naquele dia em que fomos ao cinema ver um filme qualquer. Foi naquela hora em que eu peguei na sua mão e você sorriu. Foi ai que apaixonei-me . Que boba era eu. Achei que não era profundo e decidi contar-te. Você , um cafajeste apaixonante como sempre foi, riu-se do meu amor e disse que já estava enamorado por outra. Achei que não seria nada, que passaria. Não era profundo, certo? Errado. E eu fiquei ali, vasculhando meu coração, esperando sentir algum ódio por você. E eu fiquei ali, com lágrimas escorrendo, sem entender como acontecera e sem saber que aquilo era só o começo.
Depois, fui corpo, alma, e coração. Que boba eu era. Cheguei num ponto crítico onde meu coração esfarrapado doía de tanto que foi pisado por meses e meses. Até que você, sempre tão disputado por outras,
finalmente se encantou por mim, logo quando já tinha cansado de ser trocada. "Então, eu te neguei". Queria poder escrever isso, mas eu te aceitei. E te amei, e sofri, e ri, e chorei. Como chorei. Foi assim, com sangue, com alma, com fúria, mas principalmente com amor. Foi assim que você se tornou minha maior aventura, meu maior amor.

Texto: Mariana S. Cardoso





quinta-feira, 15 de julho de 2010

Vanilla Twilight


"Quando eu penso em você, eu não me sinto tão sozinho. Quantas vezes quer que eu pisque, vou pensar em você... Essa noite. Quando olhos violeta brilharem mais, e as pesadas asas ficarem mais leves, vou provar o céu e me sentir vivo de novo. E vou me esquecer do mundo que eu conheci, mas juro que não vou te esquecer. Oh, se minha voz pudesse alcançar o passado, eu sussurraria no seu ouvido: Eu queria que você estivesse aqui." - Vanilla Twilight de Owl City.



Novo Layout !

Hello :D Gente, eu sei que sumi daqui e tal, mas eu vou postar mais. E para provar isso, eu atualizei o layout. Eu já estava enjoada do outro, e como ele era com cores fortes, eu decidi colocar dessa vez algumas cores claras. Espero que tenham gostado. Ah, eu não vou atualizar todas as fotos e assinaturas que eu coloquei no blog para ficarem melhores com o novo layout, só as mais novas para não ficar estranha a primeira página haha :D Bjs.






domingo, 11 de julho de 2010

We were born to run !

Vai catando e retalhando sua alma porque ela é o que você tem de mais belo. Pegue de volta os sonhos que você jogou ao vento depois da tempestade, eles são tão importantes e belos quanto sua alma. Respire fundo, e se perdoe. Se ame, se odeie, se ame de novo. Estamos correndo, somos jovens. Vá com calma, só é uma estrada solitária se você quiser. Junte mil vírgulas, aspas, travessões e interrogações, mas deixe o ponto final para depois, ainda temos que crescer muito até o fim do dia. Olhe além da porta, pule a janela e vai viver. Sorria. Experimente todas as cores e sabores. A gente tem muita pressa , a gente se esquece da nossa essência, a gente se arrepende demais, a gente se culpa, a gente acha que nada tem saída, que é impossível. Queremos nos sentir amados, mas não amamos os outros. A gente quer o outro sem se dar. Não é o que você tem, ou o que você falou, é quem você encontra e quem você ama. Isso te faz viver. Porque uma poesia é feita de várias palavras, e não só de uma.

Texto:Mariana S. Cardoso


PS: Se tiverem um tempinho visitem meu tumblr clicando AQUI.





quinta-feira, 6 de maio de 2010

what's love?



foto: aliize.deviantart.com
tradução do título: o que é o amor?


Por favor, vamos dar um basta nesse amor instantâneo que surge após uma simples troca de palavras vazias. Amor que não é amor. O amor perdeu seu significado, hoje todo mundo ama todo mundo, mas quando a caminhada faz o pé doer ninguém oferece o ombro para ajudar a caminhar. Todo amor vazio me deixa enjoada, me faz querer jogar a verdade no rosto do pseudo-amante. Eu realmente acho que só deveríamos falar que amamos alguém, quando temos plena certeza disso.
Por favor, não me prometa amor, amizade e nem segurança. Isso não se promete, amor não necessit
a de palavras. Palavra a gente muda, reinventa, a gente não faz disso contrato. Porém os atos, uma vez feitos, não há o que reverter.
Por favor, me ame porque me ama, só por me amar, assim, sem porquês, sem limites, sem se preocupar.

Texto: Mariana S. Cardoso







sábado, 17 de abril de 2010

She woke up from dreaming


título: Ela acordou de seus sonhos.

Ah é, foi debaixo daquela árvore, debaixo daquela chuva, debaixo daquela tristeza. Foi ali que eu esfreguei os olhos e pude ver com clareza. Acordei da minha utopia, e me deixei chorar para acabar com o sorriso hipócrita que eu sustentei por tanto tempo. Sorriso que me machucou tanto por não ser sincero. Lembro-me que tirei as sandálias e ali mesmo, na árvore, na chuva e na tristeza, me acomodei. Chorando, e não sorrindo, eu me descobri mais feliz. É, as vezes as coisas não vem mesmo como nós imaginamos, nem a felicidade.


Texto: Mariana S. Cardoso

Foto: deviart ~t0xically








quarta-feira, 31 de março de 2010

L.O.V.E


Eu não sei se o amor é essa coisa pura que dizem que é. Ainda vou descobrir, espero. Vou cruzar com alguém na rua e por um momento aquela pessoa vai me tocar.
Não fisicamente, e sim tocar meu coração
. E ele se renderá a esse alguém. Toda vez que eu o olhar nos olhos, meu coração vai querer fugir de tanta alegria, minhas pernas vão caminhar, sem eu nem pensar duas vezes, para um abraço apertado. Eu vou me render. Vou querer assistir ele dormindo para que eu veja seus contornos perfeitos aos meus olhos, e sua respiração lenta e calma. Eu vou ler as poesias e saber do que estão falando, vou escutar as músicas e lembrar do meu alguém. Toda vez que ele me magoar eu vou catar os pedacinhos do meu coração sozinha, mas ele voltará para os colar. Eu vou ler sua alma e me esconder no seu afeto. No seu sorriso eu vou encontrar minhas respostas, e na sua paixão, a minha paixão eu também encontrarei. Com você eu vou achar pecado e absolvição, com você eu vou achar o amor.

Texto: Mariana S. Cardoso

foto: Bunnis, editada por mim.







sexta-feira, 19 de março de 2010

Fim de uma saga, início de uma lenda



Esse texto, eu fiz em homenagem a minha maior paixão. Leia se quiser, é só um desabafo :)

Não consigo deixar de sentir esse vazio enorme. Esse vazio que está no me
u coração, que me faz despencar sempre que eu lembro. Eu tenho tanto orgulho de vocês, tanto. Me ensinaram tanto, me alegraram, me fizeram chorar de emoção, de tristeza, de felicidade. Me proporcionaram os melhores sorrisos, as melhores gargalhadas. São tantos personagens incríveis, e cada um deixou uma marca no meu coração. Dói tanto dizer que está acabando, e só falta duas partes de um filme. Nunca estive com vocês realmente, mas meu coração sempre andou ao lado de vocês, e são vocês o dono dele. Dói saber que não tenho mais jogos de quadribol para assistir, mais festas de natal ou halloween em Hogwarts, não posso mais andar pela Floresta Proibida, não posso me esquivar das pessoas quando estou debaixo da Capa da Invisibilidade, não posso visitar a Zonko's ou a Dedosdemel. Quer dizer, eu posso, mas não com novas aventuras. Quanta falta vocês vão me fazer. Essa ansiedade pelo livro seguinte, pelo filme, não vai mais existir. Não vou mais me agarrar nas asas do Bicuço. Não vou mais estudar com Hermione ou jogar xadrez de bruxo com o Ron. Não vou mais ter medo por Harry. Mas vou poder relembrar sempre que quiser, porque o amor é maior que o adeus. Eu sempre vou ser agradecida por tudo que J.K. Rowling me ensinou, me mostrou. Ela me fez acreditar ainda mais na magia, me fez acreditar que ainda existem pessoas que lutam pelo bem. Obrigada Joanne , obrigada por ter inventado esses personagens que me cativaram tanto.
Obrigada Harry, Hermione, Ron, Luna, Gina, Neville, Dumbledore, Fred, Jorge, Dobby, Hagrid, Snape, Lupin, Sirius, Tonks, Olho-tonto, Molly, Arthur, Fleur, Carlinhos, Gui, Cedrico, James, Lily, Minerva, Bicuço, Monstro, Pirraça, e até Draco, Voldemort e Belatriz, (e todos os outros personagens) por serem os melhores heróis e vilões de todos, por me acompanharem por todos esses anos, por terem sua parcela no que eu sou hoje e por fazerem parte de mim e de tantos outros. Eu poderia dar milhões motivos de eu não esquecer vocês, mas o mais importante é: Vocês são eternos ! Meus eternos. E toda essa tristeza
de vocês irem embora, as vezes se transforma numa grande alegria, porque eu sei que apesar de vocês irem, eu tive o prazer de conhecer vocês, e de certa forma vocês nunca vão realmente , vocês estão vivos dentro de mim, e de outros fãs, e nós não vamos deixar que sejam esquecidos, nem que vocês queiram. Sempre serão nosso vício, nosso eterno Harry Potter.


"Without you I don't know how my life will be, but I believe It's not goodbye 'cause I will remember you"
(Sem você eu não sei como minha vida será, mas eu acredito que isso não é um adeus, pois eu sempre vou lembrar de você.)



Texto: Mariana S. Cardoso






sábado, 13 de março de 2010

Papel, caneta e música

Vivo me perguntando o porque que eu escrevo. Acho que é para entender. Entender a mim, entender as coisas. Mas talvez nada disso tenha uma explicação. Eu escrevo para mim, escrevo para vocês, escrevo pro mundo, e também para o nada. Gosto de gritar minhas dúvidas no papel, de transformar minhas experiências em arte. E as vezes eu transformo a dor de um alguém, na minha própria, para tirar daquilo uma poesia. Prefiro aliviar minha alma com papel, caneta e alguma música.
Escrevo porque encontro paixão nisso,
me encontro nessa loucura maravilhosa que é.

Texto: Mariana S. Cardoso.







quinta-feira, 4 de março de 2010

A vida é o que você faz dela

Levanta ! É. Levanta e vai a luta. Ninguém vai te oferecer nada de mão beijada. Você tem que correr atrás, tem que buscar sua felicidade. Qual é seu objetivo? Arranjar um emprego, ter uma família ou viajar o mundo inteiro ? Ou talvez os três. Ou talvez você tenha uma lista de objetivos. Se encontre. Você tem que encontrar seu lugar no mundo, encontrar sua tribo. Assim você tem grande chance de ser feliz.
Seja você mesmo.
Tenha fé, acredite com todo o seu coração.
Você vai encontrar alguém, sua vida será plena, se você lutar. Talvez você ache que tendo di
nheiro, você pode comprar o mundo, mas não é bem assim. Você quer ser mesquinho e ganancioso? Se quiser, continue pensando assim, mas se não, busque sua felicidade. Cada segundo é importante, cada dia que passa estamos mais perto do fim, o tempo não vai parar. Se não tiver dinheiro o suficiente, corra atrás de uma melhoria, se não tiver completa totalmente, corra atrás do que te falta, da sua parte perdida. Tudo tem seu tempo, mas infelizmente não da tempo para ser tudo, por isso temos que fazer escolhas. Levanta ! Corre atrás do teu amanhã, mas viva o agora. É contraditório, eu sei. Quem disse que seria fácil entender tudo isso? Nem eu entendo ainda. Nem os maiores pensadores entendiam o porque disso tudo, o porque da vida. Toque a liberdade, mas não se aproxime muito da libertinagem. É você quem faz sua vida, é você o personagem principal. Ninguém dita as regras no seu jogo, mas você pode aceitar conselhos, sem jamais desistir do seu ponto de vista. Você pode ignorar tudo que eu disse, se isso te fizer feliz. Não há uma fórmula certa para a felicidade, ao contrário do que alguns afirmam. Viva tudo que você quer viver. Tente não se arrepender das coisas que fez, e sim das coisas que deixou de fazer.
Eu só te desejo uma vida da qual você se orgulhe.


Texto: Mariana S. Cardoso







quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

She had an earthquake on her mind


tradução do título: 'Ela tinha um terremoto em sua mente'.

Tenho tirado um tempo para pensar. Pensar no hoje, no amanhã, no que virá. Pensar nos meus desejos, no meu eu, nos meus sonhos. Tenho que organizar minhas ideias, para poder chegar em algum lugar. Tenho que parar de sentir medo das coisas, parar de querer tudo muito rápido. Preciso achar a paciência, sossegar minha alma. Tenho observado os mistérios, a humanidade e as essências. Tenho percebido que alguns lugares, mesmo que eu nunca tenha os conhecido pessoalmente, algumas músicas e livros, trazem um pouco de mim neles, e eu , um pouco (ou muito) deles em mim.
Minha mente vive fazendo viagens longas. Ela gosta de ficar no futuro, e quando volta, volta demais, e acaba chegando no passado. Ela fica um tempo no Egito, e depois corre para o Canadá. Minha mente realmente não sabe ficar em um lugar só. Mas, não me entenda mal, não estou reclamando. Eu gosto tanto da sua inquietude, que não a mando parar, mando-a ir cada vez mais longe. E quando ela finalmente sai dos extremos e paira no presente, eu enxergo, que o passado ajuda entender o hoje, e que o futuro é consequência do presente. Então o medo se esvai um pouco, porque tenho esperança de que farei tudo dar certo, e se não fizer, espero ter forças para recomeçar, eu e minha mente impaciente.


Texto: Mariana S. Cardoso




domingo, 21 de fevereiro de 2010

Clarice Lispector


Adoro esse texto da Clarice. Eu não postei ele todo, mas quem quiser pesquisar, o nome é "Reflexões".


Sigam-me os Bons

Oi :D gente, vim aqui rapidinho pra pedir uma coisa pra vocês. Quem lê meu blog, por favor, me sigam :D é só clicar no botão "Seguir" na NavBar do Blogger. Tá bem do lado da caixinha de pesquisa e do 'Denunciar abuso' . Não custa nada né gente *-* Enfim, obrigada por me acompanharem, por elogiarem e por fazerem propaganda do Sound. Os textos que eu faço, são pra eu desabafar, e ver outros se identificando comigo. É muito bom quando uma coisa que você faz com o coração é valorizada.
Ah, e antes que eu me esqueça, agora, para eu não ficar sem posts novos sempre, eu vou postar músicas, vou postar citações e tal. Vou -claro- colocar sempre o nome do autor no final, para saberem se a citação é minha, se o texto é meu ou de outra pessoa, e as músicas, de quem são.
Então, me sigam, e se puderem, indiquem o Sound. Em breve, outro texto :D

Bjs,








sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Selo !



Ah gente *-* to super feliz. Eu ganhei um selo da fofa da Mylena do blog Paixões. Obrigada *-* Agora minhas 7 verdades:

1- Eu tenho um monte de paixões platônicas como o Tom Fletcher.
2- Eu sou sensível, choro de emoção com coisas bonitas e na maioria dos filmes.
3- Sempre tiro uma lição das coisas. Filmes, livros, momentos e etc.
4- Já chorei muuuuuuuuuuito por causa de Harry Potter, que é minha maior paixão.
5- Conheço pessoas que nem sabem que são importantes pra mim.
6- Eu canto o dia inteiro haha
7- Eu gosto sim de HSM e RBD mimimi e músicas antigas como The Beatles e Ramones. HSAIHSIUSHAIUS e sou feliz :***


Os 7 blogs que eu indico são:

1- Paixões
2- Te Pego às 7
3- I want to break free
4- Risos.
5- Minta pra mim
6- Óculos Azuis
7- Make a Wish



Bjs, Mariana (sem a figura porque to no computador da Gi QQQQ)

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Alice e o tempo


Alice tinha amigos. Ela gostava deles tanto, que não se via sem eles. Eles eram muito unidos, apesar de toda diferença. Alice sorria só de saber que eles existiam. Ela era feliz, e todos os problemas pareciam sumir enquanto estavam perto.
Até o dia em que o amanhã chegou. Alice se viu desesperada quando viu que a separação era uma condição. Ela sofreu muito, porque ninguém tinha dito a ela que seria tão difícil, que doeria tanto, que machucaria daquele jeito. Nem poderiam. Temos que descobrir algumas coisas, por nossa conta, porque as vezes, não acreditamos. Não acreditamos na intensidade da dor, do sentimento de perda. Alice sentiu na pele que crescer era complicado, mas que dentro de cada um de nós, temos força para superar.
Passado um tempo, Alice viu que a distância daqueles que se mudaram, era pequena se comparada ao tamanho do sentimento. Ela viu que pode fazer novas amizades, e o quão bom isso vai ser, mas que iria ser infinitamente bom manter os antigas. Os caminhos se separam, a vida pega pesado mesmo. Eu diria que é essa a pior parte de crescer: Ver os seus amigos seguirem por outros cantos. Mas Alice teve a certeza de que apesar de tudo, seus amigos eram eternos, e nada poderia tirar isso dela. Eram irrevogavelmente parte da sua história, parte dela mesma.

Dedicado à: Meus eternos amigos, meus anjos. Amo vocês.
Texto: Mariana S. Cardoso, no copy.





quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Don't Leave

Eu queria ser uma música que você gostasse de cantar. Queria ser o vento que te arrepia levemente, ou a água pela qual você fosse sedento. Eu realmente gostaria de ser aquele livro que você leu com tanto carinho. Queria ser seu travesseiro para acompanhar seus sonhos. Queria ser seu desejo, sua exceção.
É realmente terrível afirmar que não posso. Porque você se foi, e me deixou aqui. Sem palavras, sem reações. Só com minhas lágrimas e desejos. Sonhando tolamente. Querendo estar onde você está. Te procurando dentro da minha alma, me agarrando a qualquer lembrança para não te esquecer. O tempo está apagando as pegadas que você deixou em mim. O mundo está girando depressa e arrastando tudo com ele. Não tenho tempo e nem vontade de sofrer. Eu te amei. Eu te quis. E continuo querendo saber o que poderia acontecer se você tivesse ficado, se tivesse uma oportunidade de começarmos uma história feliz. Mas é por curiosidade que minha mente vaga até esses pensamentos e não numa tentativa de masoquismo sentimental.
Hoje, eu vejo que você foi extremamente importante para mim apesar de tudo. Me mostrou que eu posso me superar, e superar as cicatrizes de um amor arruinado.


Texto: Mariana S. Cardoso.




quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

As I am

Quebrei o espelho. Me joguei no chão e senti aquelas lágrimas quentes tão conhecidas por mim, jorrarem dos meus olhos. Mais uma vez eu estava ali. No chão frio. Me perguntando porque eu era assim. Me senti impotente. Nada que eu fizesse, ou deixasse de fazer, iria me resgatar daquele breu que me sugava constantemente. Quebrar aquilo que refletia meu horror, meu pesadelo, não havia me deixado mais aliviada. Aquele gesto só confirmava algo que eu já sabia, que eu escondi tão bem dentro da minha alma, dentro da minha ilusão: Eu desprezava cada parte do meu ser.
É engraçado o que a gente pode fazer com a gente mesmo. Podemos nos destruir com poucas palavras, algumas percepções erradas ou com qualquer olhar mau interpretado. Alguns instantes depois de eu me levantar e afastar alguns cacos do meu grande inimigo -agora- estraçalhado, e de me jogar na cama para encarar os pedaços do espelho que refletiam o teto, eu percebi. Percebi algo que eu achei que iria demorar muito mais que alguns minutos de silêncio para entender: As pessoas são só pessoas. Não tem o poder de julgar ninguém. Algumas avaliam as outras pelo exterior porque é só isso que elas mesmas possuem. O seu exterior pode ser impecável, mas não é válido se sua alma é podre, se seu sorriso é hipócrita,ou se seu cérebro não funciona. Todos somos bonitos, de um jeito particular. Somos diferentes. No final, só temos que acreditar em nós mesmos.

Texto: Mariana S. Cardoso



segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Ernesto e Ana

Ernesto era um homem ranzinza. Tinha a idade pelas casas dos quarenta e não via beleza em absolutamente nada.
Acordava as 6:30 hr, olhava através da janela e reclamava do tempo, -fosse ele ensolarado, chuvoso ou até mesmo um tempo fresco - ele nunca estava satisfeito.
Ele era trabalhador e ganhava muito bem , obrigado. Apesar da riqueza, nunca deixou sua casa mediana. Ele mal comprava nada. Ernesto não gostava suficiente de alguma coisa a ponto de querer possuí-la. Não tinha amigos e perdera contato com a família. Era o tipo de pessoa que não tinha razões para viver. Ele era tão normal, tão desinteressante que nem pensamentos suicidas se passavam pela sua mente. Seria drama demais. Ernesto não gostava de exageros. Ele nem gostava de "medianices" para ser honesta.
Até o dia em que ele viu a Ana passar pela mesa de seu trabalho. Ana tinha 38 primaveras muito bem vividas. Viajou o mundo, conheceu pessoas importantes -não personalidades mundiais e sim amigos para carregar no coração- , e tudo que alguém alegre e inquieta demais como ela poderia querer. Ela não era rica, não decidiu que faculdade faria, de primeira, e até hoje ela não sabe o que quer ser. Interessante até o último fio de cabelo e intensa ao extremo, a desmiolada logo se apaixonou por Ernesto, seu oposto, que também sentiu o mesmo.
A história só termina no dia em que eles não estiverem mais entre nós, mas posso dizer que depois que Ernesto encontrou a Ana, um mundo mais colorido e esplendido se abriu para extinguir o motivo de todo aquele mau-humor: A solidão.

Texto: Mariana S. Cardoso




segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Inapagável, por pouco tempo

Não consigo distinguir o domingo de segunda. Os dias passam iguais. A cama desforrada, o som que não reproduz nenhum timbre de voz melodioso, um porta-retrato sem imagem alguma. A vida tem passado imperceptível por mim. O tempo não está curando o meu amor. O vento não está espalhando os pedaços das minhas asas quebradas. Elas continuam aqui, caçoando da minha queda, arremessando verdades cortantes que me transformam em desilusão.
Definitivamente eu não consigo achar mais graça no brilho constante da lua. Não consigo sorrir ao ver as folhas alaranjadas pelo outono dançarem numa árvore após a breve ventania. Nem percebo mais o desenrolar dessas cenas; Passo mais tempo tentando criar coragem para seguir em frente. Talvez amanhã eu coloque alguns discos velhos para tocar e comece a recolher os pedacinhos das minhas -um vez inteiras - asas que me permitiram acariciar as nuvens. Mas nessa noite em que as gotas de chuva batem incessantemente na minha janela, me deixe pela última vez afogar-me na culpa e ilusão.

Texto: Mariana S. Cardoso




sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

I'm talking about love



Ela correu ao encontro dele. Respiração falha, pernas oscilando, mãos suando, coração martelando. Ele a pegou no colo. Se abraçaram tão forte que pareciam ter se tornado um só. A saudade era demasiada. Namorados, amigos e amantes. Ficaram naquele abraço por uma fração de segundo até que a saudade fez os seus lábios se encontrassem tão docemente e desesperadamente. Enfim, juntos. Tão distantes anteriormente e agora desfrutavam do mesmo ar. Era tão esperado esse reencontro. Imagino que ambos estavam cansados por não terem conseguido dormir pela ansiedade que tomava conta da alma e coração. Tanto sofreram com a ausência do outro. Tantas lágrimas escorreram ininterruptamente em suas faces. O coração partia-se mais a cada segundo sem o toque abrasador do amante. Talvez a dor e a carência desses meses que os separaram tenham servido para que percebessem o quanto se amavam. E que esse amor era infinitamente superior a quaisquer milhas de distância.

Texto: Mariana S. Cardoso.